sexta-feira, 14 de maio de 2010

Em busca de não sei o quê...


É assim que nossas mentes vem sendo condicionadas a viver, rumo ao alvo, sem perder o foco, seguindo a estrada e sem perder o caminho. Pois é, mas que alvo? Que foco? Que estrada? E que caminho?
É normal vermos pessoas buscando em um futuro distante, uma vida próspera, satisfação e prazer que a teologia da prosperidade não as deixa viver no presente. Somos alvo de um mercado feroz e rude, que visa nos ludibriar através de nossas carências, fraquezas ou mesmo nossa espiritualidade.

Nos deparamos constantemente com rituais religiosos, onde reinam chavões e frases de efeito que giram em torno de massagens aos nossos egos e breves fugas de nossas realidades pessoais e sociais. Quem nunca ouviu por aí que "o melhor de Deus está por vir"??? (pra quem não sabe ele já veio, pois é o sacrifício de Jesus na cruz).

Ouvi em uma entrevista que "As fraquezas da juventude e as frustrações de nossa mocidade, nos colocam sempre em busca de algo", isso me intrigou, pois vi parte da minha real situação nisso. Busca-se experiências sobrenaturais como como estimulantes para nossa vida fabulosa. Por fim, tais experiências são nomeadas como milagres, um termo já familiarizado em reuniões que deveriam ser cristocêntricas.

Milagre se tornou um termo competamente errôneo em seu uso frequente. Podemos afirmar nas escrituras que milagres aconteciam da parte de Deus quando este queria falar ou ensinar algo. E era facilmente reconhecido por qualquer um, por suas características ÚNICAS e RARAS, ou seja, eram reconhecidos porque SÓ DEUS PODIA FAZÊ-LO. Então, erra-se muito hoje pelo fato de quererem impor a Deus atos milagrosos quando Ele de repente não tem nada a dizer (A ignorância chega ser tão ousada, que vemos constantemente eventos promovendo "milagres" com datas e horários marcados).

A recuperação de um drogado, cura de dores de cabeça, a porta de emprego que se abriu, podem sim contar com a interferência de Deus, mas não são milagres, e sim PROVISÃO de Deus. Como o selo de um Rei, reconhecido de imediato porque só poderia vir dele, é o milagre em seus atos, inigualáveis. Por exemplo: Um homem não pode abrir um mar ao meio, ou fazer um cego ver de uma hora para outra, ou fazer alguém que morreu há dias reviver, pois sabemos que só Deus o faz.

Acabamos por buscar um "deus místico" justamente porque não nos firmamos na fé genuína e não mantemos intimidade com o Deus Verdadeiro. Mistificamos até mesmo nossa fé, quando ela não deveria representar o espiritual em si, mas se resume em acreditar no que não se vê.

Buscamos irritantemente milagres, curas, sinais e maravilhas afim de nada, pra nada e por nada. Tornamos filosofia de vida, chavões que ouvimos em nossas reuniões, ao invés de nos engajarmos na palavra. Frequentando cultos que mais soam como sessão de auto-ajuda, nos acomodamos sem culpa ou noção de que erramos por não conhecermos as escrituras.







2 Cor 11: 3 e 4
Mas temo que, assim como a serpente enganou a Eva com sua astúcia, assim também sejam de alguma sorte corrompidos os vossos setidos, e se apartem da simplicidade que há em Cristo.
Porque, se alguém for pregar-vos outro Jesus que nós não temos pregado, ou se recebeis outro espírito que não recebestes, ou outro evangelho que não abaraçastes, com razão o sofrereis.

2 comentários:

  1. Paz mano! Belo texto!... Interessante que veio de encontro aos meus pensamentos tbm... O que temos visto é uma igreja totalmente na contra-mão do que Deus planejou!... O que precisamos é de uma aplicação em nossa vida do que diz em Atos 2.42 - " E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações” - Essa igreja sim, fazia a vontade do Pai Celestial.
    Abração mano! Deus continue te abençoando! PaZz

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